Semana da Luta pela Igualdade Racial promove reflexões e diálogos entre a comunidade acadêmica
O evento aconteceu de 18 a 29 de novembro no Câmpus Luziânia
Valorização da consciência negra, da cultura afro-brasileira e diversidade foram os temas abordados na Semana da Luta pela Igualdade Racial: desvelando nossa ancestralidade. Realizada de 18 a 29 de novembro, para alunos e servidores do Câmpus Luziânia, a semana buscou sensibilizar a comunidade escolar para temas como igualdade racial, identidade e combate aos racismos.
Para uma das organizadoras das atividades, professora Luiza Helena Barreira Machado, docente de Geografia do Câmpus Luziânia, vice-coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça e suas Intersecções (Negr@Luz) e representante da Comissão Local de Ética do câmpus, “é fundamental conhecermos e reconhecermos a participação e contribuição na constituição da nossa história, economia e identidade como país”, disse.
Confira abaixo a entrevista completa com a professora Luiza:
Como a Semana da Luta pela Igualdade Racial se diferencia de outras iniciativas para a diversidade no ambiente escolar?
A Semana buscou enriquecer de maneira crítica a formação acadêmica, cultural e social dos estudantes, proporcionando vivências e conhecimentos que ampliam a compreensão sobre nossa própria história de constituição de país e povo diverso. É um evento que busca provocar professores e servidores a refletir e atuar nesta luta como também apresentar à comunidade a produção científica, pedagógica e literária, como o livro "Gênero, raça, classe e letramento" da professora Paula de Almeida, coordenadora do Negr@Luz.
Qual a importância de discutir a diversidade e combater preconceitos e estruturas racistas dentro da escola?
Compreender questões raciais, sociais e culturais do Brasil favorece a construção de uma postura crítica e empática em relação à diversidade. Refletir sobre a temática da consciência negra no ambiente escolar é fundamental para fomentar a inclusão e a luta pela igualdade racial, o respeito à diversidade, o combate a preconceitos e às estruturas racistas.
Como você acredita que essas experiências podem influenciar na formação dos estudantes?
Refletir sobre a temática da consciência negra no ambiente escolar é fundamental para fomentar a inclusão, o respeito à diversidade e o combate a preconceitos e a estruturas racistas. Essa reflexão contribui para a formação de cidadãos conscientes, críticos e comprometidos com a equidade social, ou seja, com uma sociedade mais justa.
Qual o papel transformador da escola na valorização das causas da igualdade racial?
Como aponta bell hooks, a educação pode ser um ato de liberdade, transformando o espaço escolar em um ambiente de resistência e empoderamento. Lélia Gonzalez também destaca a importância de resgatar e valorizar as culturas afro-brasileiras para desconstruir estigmas e estruturar uma sociedade mais justa. Além disso, Conceição Evaristo, por meio do conceito de “escrevivência”, reforça o papel das narrativas e vivências negras na luta contra o silenciamento e na valorização da identidade negra, aspectos que podem ser incorporados na prática pedagógica.
Quais estratégias foram utilizadas para envolver servidores e alunos no evento?
Buscamos trabalhar a integração de atividades culturais e pedagógicas, como palestras, apresentações artísticas, filmes, séries documentais e rodas de conversa. Essas práticas não apenas informam, mas também promovem vivências práticas que tornam o aprendizado mais engajante e transformador.
Os estudantes vão receber horas complementares e/ou certificado de participação?
Sim. Além de todo o aprendizado, todas as pessoas que participaram das atividades também receberão horas complementares.
Entrevistada:
Luiza Helena Barreira Machado, docente de Geografia do IFG – Câmpus Luziânia, vice-coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça e suas Intersecções Negr@Luz e representante da Comissão Local de Ética do Câmpus Luziânia.
Setor de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.
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